Assunto difícil de falar ! Evitamos pensar, quanto mais falar com uma criança sobre isso, mas o luto nem sempre é de um ente querido, pode ser de um animalzinho de estimação, não é mesmo?
Criança também sente saudade. É comum lembrarmos de quem amamos e que já não vive mais. A morte é parte da vida, mas como explicar aos pequenos que não veremos mais o vovô ou a vovó, por exemplo?
Reações da criança à perda:
A criança pode negar inicialmente que a morte ocorreu. Pode tornar-se agressiva e culpar os demais pela morte, ou ter raiva da pessoa que morreu, por deixá-la. Pode sentir-se culpada por não ter sido “boa” para a pessoa que morreu e ficar deprimida. Ainda que a criança possa aparentemente não estar sofrendo, expressa sua dor de modos mais sutis, como regredir e começar a chupar o dedo, molhar a cama e agir como bebê. pode ficar hostil com os colegas ou tratar seus brinquedos com violência. Pode desejar ou temer morrer.
Ajudando a criança a lidar com a perda:
Como os adultos, a criança precisa enlutar-se para aceitar que a perda ocorreu e continuar com sua vida. Seu filho irá tomar o seu exemplo, por isso não tenha medo de expressar seu próprio luto . Chore e deixe que seu filho chore com você. Não diga a seu filho que “seja forte, não chore”. Esta é uma situação triste, e a criança precisa expressar sua tristeza.
Converse com seu filho e o encoraje a falar também. Mostre que é permitido falar sobre a pessoa que morreu. Mesmo que a criança seja muito pequena para falar sobre a morte, você pode compartilhar seus sentimentos. O carinho irá confortar a criança que sente a angústia na família, mesmo que ela não entenda o que aconteceu. Criança cercada pela tristeza precisa ser reassegurada de que é amada.
É uma boa ideia levar a criança ao funeral, mas não a force a ir. Crianças como os adultos precisam dividir sua dor. O funeral permite que as pessoas se juntem e expressem seus sentimentos. A criança deve receber uma explicação detalhada do funeral antes de decidir se quer ir.
Lembre que a relação da criança com o falecido não acabou, somente mudou. Após o funeral mantenha fotos e outras lembranças do falecido para conversar sobre elas com a criança. Isto irá ajudar a formar um novo tipo de vínculo da criança com a pessoa que morreu.”
Fonte: Quatro Estações – Instituto de Psicologia
Livro pode ajudar também
Com uma narrativa linear, Virando Estrela é um livro voltado para o público infantil. A obra mostra o que é a saudade e auxilia a criança a elaborar o luto e deixar ela mais preparada para enfrentar as perdas.
O leitor vai conhecer a história da ida de Rafael à casa dos avós. Ao chegar, sua avó explica que o avô “virou estrela” e, junto com os pais do garoto, tenta esclarecer todas as dúvidas do neto, até que ele encontra um jeito de se sentir sempre perto do avô querido. Em casa cena, o garoto interage com a família e com os elementos que faziam parte do dia a dia do avô, como o cãozinho de estimação e as brincadeiras no quintal.
Não podemos prever tudo e nem sabemos as respostas para cada sentimento das crianças, mas podemos nos informar para saber como lidar e não deixar passar achando que o tempo resolve 😉
Beijinhos e um ótimo mês de março!
Eu que faço psicologia sei bem como é conplicado para os pais lidarem com situações como essas! Excelente assunto!
Post maravilhoso Mo! Sinceramente não tinha idéia como passar isso para o Pepe..
Ótimo post… Nunca tinha pensado sobre esse assunto… Muito boa reflexão!!!
Assunto triste e difícil , mais necessário , esse post dá algumas dicas de como falar isso para as criança e lidar com a perda que ja é dificil para nós adultos imagina para eles então
Beijão da Coisa de mae nova
Adorei o post! Ainda não passamos por essa situação. Bom para refletir quando esse dia chegar. Bjjs
Mô,
Adorei o texto, as dicas são muito importantes para nos prepararmos para situações futuras.
Muito legal do livro!
Beijinhos
Má
Exato dar tempo ao tempo . Parabéns pelo assunto !!
Oi, eu sou pai viúvo de uma menina de 6 anos. Quando a mãe da minha filha morreu, descobri que tinha uma missão na vida: cuidar da minha filha para que ela fosse feliz.
Eu aprendi muito com ela. Percebi que toda as vezes que ela ficava triste, ela desenhava, representando a mãe na forma de uma estrelinha sorrindo. Também comecei a desenhar e a contar nosso dia a dia através de desenhos. Foram tantos desenhos que criei o blog paiviuvo.com.br e a página no facebook (facebook.com/paiviuvo).
Fez tanto sucesso que fomos convidados a participar do programa Encontro com Fátima Bernardes. Agora estou planejando a criação de um livro.
Minha filha está ótima, acredito que os desenhos ajudaram-na a superar a tristeza.