Começamos 2019 com uma sucessão de tragédias infelizmente: O rompimento da barragem em Brumadinho no dia 25 de janeiro, a enchente no Rio de Janeiro na quarta-feira (6) e o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, dois dias depois. E ontem, o jornalista Ricardo Boechat morreu em um acidente de helicóptero na pista do Rodoanel, em São Paulo, ao lado do piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci.
Momento de grande tristeza e de apreensão 🙁 Depois de tantos desgostos, fica a sensação de que, a qualquer momento, o país pode ser surpreendido por outra catástrofe.
Eu me preocupo muito em não deixar o Pedrinho (8 anos) assistir aos noticiários, porque pode fazer uma confusão na cabecinha dele, pois esses noticiários não possuem uma linguagem apropriada para crianças, e realmente não é um programa infantil, e ele pode ter uma interpretação errônea sobre o assunto.
Se a criança não chegou até a informação não precisa ter contato. Não está na realidade dela. Mas se ela viu na televisão, fez perguntas, tem que ser dito e explicado.
Mas como explicar essas tragédias a uma criança?
Ela deve ser contada de uma maneira leve e informativa, em uma linguagem adequada à faixa etária.
Segundo especialistas, depois dos 6 anos de idade, as crianças têm mais facilidade de falar sobre os acontecimentos.
No entanto, muitas vezes não conseguimos introduzir esse assunto, não é mesmo? Para a maioria fica difícil encontrar a abordagem apropriada.
Por sermos uma referência, é importante que nos coloquemos como fonte de informação segura e clara para os pequenos. É importante não compartilhar fotos e vídeos impactantes das pessoas envolvidas nas tragédias.
Devemos responder de maneira paciente exatamente ao questionamento da criança, sempre se colocando no lugar dela. Incentivar e não reprimir a criança é algo valioso para o seu psicológico.
Quando passamos segurança aos nossos filhos, eles confiam mais e entendem que as coisas acontecem e que independente delas é preciso seguir em frente.
Criticar as pessoas e culpar os outros pelos acontecimentos trágicos não ajuda. Culpar Deus também não é uma boa saída. Explicar que as pessoas possuem liberdade de escolha e nem sempre irão optar pelo que é melhor para a maioria das pessoas pode ajudar. Acidentes também acontecem por falhas mecânicas. A natureza também pode entristecer com tragédias. Buscar oportunidades de ajudar as pessoas em acontecimentos difíceis mostra que a preocupação com o ser humano é maior que os fatos.
Em vez de se focar nas histórias tristes mostradas pela mídia, procure reforçar para o seu filho os exemplos de solidariedade que sempre aparecem em situações de crise. Você pode até incentivar alguma ação, como doar roupas ou brinquedos, se for o caso.
Podemos mostrar o trabalho dos bombeiros, por exemplo, ou
enfatizar a mobilização das pessoas de uma determinada comunidade no apoio às
vítimas.
O mais importante é passarmos tranquilidade e segurança aos nossos filhos, o tempo todo, para que entendam que faremos de tudo para protegê-los! Afinal, somos um batalhão de guarda-costas particulares.